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segunda-feira, outubro 31, 2011

UM NOVO PARADIGMA FEMININO


          Estamos vivendo um retorno á natureza, ao feminino. É a energia feminina atuando com toda a sua força.
          Por muito tempo o prisma masculino, ocidental e patriarcal foi dominante. A natureza foi reduzida aos seus aspectos fundamentais, surgindo assim, o dualismo espírito-matéria. A ciência foi usada enquanto poder para manipular os seres humanos; tanto que a máxima do lucro e do mercado é que teima em reinar absoluta.
         Essa concepção masculina dominante tem uma visão reducionista e fragmentada da realidade. Essa fragmentação acaba priorizando a formação de “ especialistas”, que negam o “todo”, priorizando as “partes”.
         Nessa concepção, a universalidade é a regra. Desta forma, nega-se outras formas de conceber a realidade. Mas um novo paradigma vem se constituindo. Não em oposição, mas na prática; demonstrando que a universalidade nunca foi á regra. Este paradigma não se pretende ser uma outra universalidade, muito pelo contrário, preconiza-se a necessidade de igualdade na diversidade, ou a diversidade, amplitude  complementaridade na busca do conhecimento.
        Para este paradigma, a ciência enquanto sabedoria deve ser capaz de esclarecer, iluminar e libertar os indivíduos. A energia feminina se faz presente nas ciências através de homens como Heisemberg que diz que “ as teorias científicas jamais poderão oferecer uma descrição completa e definitiva da realidade”, ou como Capra que cita que “ o novo paradigma científico é a inexistência de qualquer fundamento sólido”.
      Dentro deste novo paradigma científico a teoria Holística vem sendo constituída a partir de alguns pressupostos. Um deles é de que a ciência não deve estar dissociada da cultura, filosofia e religiosidade dos seres humanos, rompendo assim com o dualismo espírito-matéria e vendo-o como um todo integrado: corpo-mente- espírito.
      A força da energia feminina também pode ser percebida, através do retorno de conhecimentos milenares, que defendem a unicidade e inter-relação mútua de coisas e eventos, nas propostas ecológicas e em novas formas de ser, perceber e atuar na realidade, de homens e mulheres do ocidente e do oriente.
     O retorno ao feminino e á Mãe natureza vai demonstrar que a natureza trabalha para o futuro, produzindo e reproduzindo a vida, através da generosidade inerente e renovação constante em busca de equilíbrio. Os atributos do feminino então podem ser considerados como a atividade, produtividade, dinamismo, criatividade e inter-relação constante.
     O retorno á natureza é refazer o caminho das Leis da natureza e da ordem cósmica, de que tanto nos distanciamos, provocando doenças e sofrimentos ao planeta, povos e indivíduos. É uma renovação em nossos corações e mentes de conceitos de mundo, ciência e homens que nos impregnaram e dominaram por tanto tempo. É  o entendimento do indivíduo como um microcosmos, com inter-relação constante com o macrocosmos. É optar por atuar com diferentes formas de vida – vegetais, flores, cristais, etc – e energias da natureza – som, cor, aroma, etc, apostando na auto-regeneração, autoconhecimento e auto desenvolvimento  dos indivíduos como processo natural, pois é próprio da natureza a renovação, o equilíbrio e a harmonia.
        O retorno ao feminino vai, em último caso, buscar a sintonia do feminino e despertá-lo, celebrando a vida de Homens e Mulheres.
        Que todas as Deusas nos protejam e que o reinado da Mãe possa ser mais pleno, harmonioso e doce, do que até o momento todas as civilizações puderam oferecer á humanidade.
Tania Jandira R. Ferreira

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