Esse blog foi criado para divulgar a psicologia através de artigos, vídeos e poemas sobre a essência da vida, sobre olhares sobre a vida, sobre a sociedade, sobre o humano,sobre a saúde emocional, sobre o que nos afeta, sobre como podemos nos afetar e afetar. Seja Bem vindo(a)!
terça-feira, fevereiro 11, 2014
PESTE EMOCIONAL
Um das grandes contribuições de Wilhelm Reich a humanidade foi sua definição da insanidade humana, a qual chamou de "peste emocional" – a presença da irracionalidade destrutiva nos grupos.
Estas pessoas juntas criam um “álibi social” para realizarem esses impulsos conjuntamente, através do mecanismo da racionalização, mediante a ideologia de algum grupo.
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quinta-feira, fevereiro 06, 2014
Gandhi, violência e a Barbarie em nosso cotidiano
Hoje com os noticiários que
repercutem, não pude deixar de pensar em Gandhi.
Não podemos crer que violência deve ser combatida com
violência.
É o jovem infrator espancado, preso nú e cidadãos apoiando isso.
São jornalistas que
estimulam a violência e são aclamados por cidadãos.
É a execução de infratores pela PM em represália a
morte de um PM e pessoas da corporação que postam fotos da execução e se
colocam como guardiões da sociedade.
São cidadãos que exultam esse barbárie
questionando Direitos Humanos.
Direitos Humanos são para todos nós.
Direitos Humanos são para todos nós.
Precisamos extirpar a violência de nossos corações
e mentes.
Quando ela acontece com um estranho, com um
diferente, muitos esquecem que podem estar em algum momento neste lugar, mesmo
que não tendo cometido nenhuma infração, mas ter sido confundido com uma pessoa
destas.
Seja a mudança que o mundo precisa.
Seja a mudança que o mundo precisa.
Tente de fato extirpar a violência que se incrustou
em seu coração e mente.
A sociedade agradece!
De uma psicóloga que luta pelos Direitos Humanos e ainda se indigna com o que o ser humano crê.
Tania Jandira R, Ferreira/ Fevereiro 2014
De uma psicóloga que luta pelos Direitos Humanos e ainda se indigna com o que o ser humano crê.
Tania Jandira R, Ferreira/ Fevereiro 2014
segunda-feira, fevereiro 03, 2014
O Arco íris e o mar
Essa semana fiz um face. O nome dele é FACES DA PSIQUÊ: https://www.facebook.com/facesdapsique Para responder a amigos que me perguntaram o por que da imagem que coloquei nele, fiz um pequeno artigo que compartilho aqui.
O Arco íris e o mar
“As imagens, os símbolos e os mitos não são criações irresponsáveis da psique; elas respondem a uma necessidade e preenchem uma função: revelar as mais secretas modalidades do ser”. Mircea Eliade
Vários amigos me perguntaram por que a imagem o mar e do arco íris, como símbolo de uma página de uma psicóloga.
O arco íris é um símbolo de várias culturas.
Na cultura grega de onde seu nome vem, existe uma deusa chamada Íris, que exercia a função de arauto divino. Em sua tarefa de mensageira, a deusa deixava um rastro multicolorido ao atravessar os céus.
No Cristianismo, islamismo e judaísmo dizem que o arco-íris foi intitulado por Deus "arco-da-aliança", por conta do Dilúvio. Após este, Deus prometeu que nunca mais iria inundar a Terra e depois de cada chuva seu arco apareceria nas nuvens, representando a aliança estabelecida entre Deus e todo ser vivente.
Na cultura yorubá, o arco-íris também é representado como mensageiro divino aos seres humanos na figura do orixá Oxumarê . O senhor do arco-íris, a serpente de fogo, o Orixá da transformação, o terceiro Orixá do fogo.
O arco-íris não existe, trata-se de uma ilusão de óptica cuja visualização depende da posição relativa do observador. Todas as gotas de água refratam e refletem a luz da mesma forma, no entanto, apenas algumas cores resultantes desse processo é que são captadas pelos “olhos do observador”.
O Mar é também um símbolo presente em várias culturas.
O Mar é um símbolo do Gênese Cristão, do nascimento.
Para os vedas é chamada de mâtrimâh, significando: "a mais materna".
Na cultura Yorubá o mar é representado entre outros Orixás, por Yemanjá, que tem o dom de gerar. Ela é a responsável pelo ori, a consciência de todos nós, rege o destino das coisas que precisam ser modificadas, traz novo alento a todos aqueles estão submergidos em problemas, rege a mudança no ritmo da Vida, pois ela esta ligada ao Elemento Água.
Carl Jung, psicanalista, via no mar o símbolo do "inconsciente coletivo".
O Mar é o embrião humano de onde toda a vida saiu. Símbolo da fecundação, da origem da vida, lugar das transformações e dos renascimentos símbolo da dinâmica da vida. Sua imagem também se refere às emoções, aos desejos, à emotividade e a sensibilidade. Mar que é marola e tsunami.
O Arco íris e o Mar são símbolos de TRANSFORMAÇÃO, objetivo de toda ação psicológica na minha compreensão. Transformação de todos os envolvidos nesta ação. Ideal e utopia que acredito e persigo, tentando não só potencializar a transformação do outro, dos outros a quem dirijo minha ação, mas também a mim mesma.
Tania Jandira Rua Ferreira /Fevereiro-2014
Ps – O template de meu face, que também muitos acharam lindo, foi criado por meu amigo Laércio Adriano que trabalha com design e imagens, a quem aqui dou o crédito, por me entender e possibilitar com essa imagem trazer um pouco de mim e do meu trabalho. Abaixo está o templade.
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segunda-feira, janeiro 27, 2014
O CORPO COMO EXPRESSÃO DO PSIQUISMO
A linguagem corporal é a mais primitiva forma
de comunicação entre os animais; assim como o é entre humanos. Ela é o meio
mais profundo de comunicação.
Esse é um dos legados de
Wilhelm Reich.
Suas observações e
experiências terapêuticas, mudaram inclusive uma parte do setting terapêutico.
Até então o
psicoterapeuta limitava-se a ouvir
relatos do paciente deitado no divã e fora do seu campo visual. Limitava-se a ouvir e tentar correlacionar o que ouvia com o momento
e com a história da pessoa.
Reich começou a olhar para o paciente, a ver, a
devolver e a interpretar a comunicação não verbal.
A maior parte das pessoas
não consegue perceber seus gestos, atitudes corporais, suas expressões faciais
nos momentos de comunicação e relação com o outro. Elas não sabem ou reconhecem
o que exprimem ou manifestam corporal e facialmente. Com isso vão se
encouraçando, vão fazendo um esforço muscular a fim de não mostrar os
sentimentos e emoções que sentem.
As pessoas aprendem que é
possível esconder ou disfarçar emoções e sentimentos, o que não é verdade. Elas
se expressam no corpo.
É só nos lembramos de
situações ameaçadoras e quando nos sentimos em perigo. As atitudes são de medo,
cautela. A expressão corporal é de “ encolhimento”. Diferente de quando
percebemos alguém como acolhedor. Não há atitudes de prevenção, nos desarmamos,
nossa expressão é de “ entrega”, confiança.
As relações se fazem assim.
As atitudes e gestos que temos estão correlacionadas com o que apreendemos das
atitudes e gestos do outro com que nos relacionamos, a ela respondemos com
nossa expressão corporal; assim como o outro a nós responde.
Existe uma “dança” entre
pessoas que acontece simultaneamente, que pode ensejar relacionamentos empáticos
ou não.
Usando o mesmo exemplo
anterior, uma pessoa que sofreu relacionamentos ameaçadores pode mostrar-se
sempre cauteloso ou medroso nas relações, mesmo quando em novas relações não
ameaçadoras. A pessoa se encouraça. Espera de suas relações uma “ pedrada”,
mesmo quando se lhe oferece uma flor; por isso, o modelo de psicologia que
surge com Reich compreende que é necessário atuar também no corpo, nas couraças
musculares que vão se fazendo ao longo da vida.
Essas atuações na
psicoterapia se fazem através de massagens e exercícios, além das devoluções
sobre as expressões do corpo estabelecidas durante a relação.
O psicoterapeuta não é
neutro, não se mostra inacessível ou
distante, ele é parte do processo da relação que se estabelece, reage as
expressões não verbais do cliente, interage com ela, mostra seu psiquismo
através de suas expressões corporais e com isso também permite e possibilita
que o cliente possa reestabelecer relações humanas de uma forma mais saudável.
As “ pedradas” recebidas
de alguns, podemos responder com outras pedradas, nos defendendo delas ainda
que próximos ou nos afastarmos tanto que estas não conseguiam nos atingir;
assim como podemos acolher a flor que alguns nos oferecem.
Resgatar o “ olhar” é um
dos legados de Reich.
Negar o olhar é negar o
que se vê nas manifestações que acompanham as palavras. As minhas, as suas, as
nossas.
Esse é um aprendizado no
processo terapêutico.
Nosso corpo, nossas
expressões corporais revelam nosso íntimo, nosso psiquismo.
Todos nos mostramos, além
das palavras sem perceber, somos transparentes e não nos damos conta disso.
Desfazendo nossas couraças
musculares podemos estabelecer relações mais saudáveis.
As formas como percebemos
e estabelecemos nossas relações, ficaram marcadas em nosso corpo, em nossas
expressões corporais, são expressões de nosso psiquismo e ensejam histórias que
se repetem com diferentes personagens ao longo da vida.
Podemos transformar nosso
corpo, desfazer nossas couraças, mudar nosso psiquismo e com isso mudar nossa
história e nossas relações.
Este é um processo que a
psicoterapia proporciona, nos tornarmos mais potentes e saudáveis, reaprender a
“olhar”, reaprender a nos “ver”.
Tania Jandira R. Ferreira/janeiro 2014
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quinta-feira, dezembro 26, 2013
Ceder não é um ato de fraqueza
Ando refletindo muito sobre conflitos que acontecem, ás vezes sem nenhum motivo sério aparente.
Como gosto muito de desenho animado achei um bem interessante sobre isso.
Ele se chama " A ponte". O nome não podia ser mais apropriado.
Pontes que ligam um espaço a outro, que ligam pessoas e relacionamentos. Que pontes fazemos?
Com quem fazemos? Como destruir algumas que são nocivas?
Espero que seja uma boa reflexão para todos e todas.
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segunda-feira, dezembro 09, 2013
Integração escola, família, comunidade – um campo múltiplo de intervenção
Proposta
há muito perseguida pelo poder público no país, a integração escola, família,
comunidade é um campo múltiplo de intervenção, que enseja uma teia de
diferentes conexões.
Quando
se fala de “ integração” temos que lembrar que é uma palavra que pode ter
diferentes significados pelos diferentes agentes presentes no universo escolar.
Significados que podem ser trazidos á cena em conversas, reuniões e nas visitas
ao “ território”.
Se
olharmos a escola como um “ território” – localizado espaço, materialmente que
traz uma cultura, uma história, um signo; que tem “fronteiras” com outros “
territórios” e diversas interfaces com estes, podemos pensar em um “ mapa”.
Mapa
este, que pode ser estratégia de diagnóstico e mobilização com vistas á
integração/família/comunidade se estas são sensibilizadas à participação.
As
famílias habitualmente tem sido chamadas à escola por conta da conduta de seu
filho ou pelo seu não rendimento escolar ou coletivamente para socializar
problemas da escola. Mobilizações de pais pela ausência de professores nem
sempre são bem vindas, e isso ocorre em escolas públicas e particulares.
Integrar
as famílias a escola é torná-las parte integrante, é um jogo de “ negociação de
fronteiras” que a cada escola/território terá sua singularidade, correspondente
com cada “ coletivo família” e “ coletivo escola”. “ Coletivo” entendido como
algo não pronto, algo em permanente construção.
Uma
multiplicidade de possibilidades.
Cada
território-escola terá sua resposta.
Um
objetivo que alguns perseguem é de sensibilizar pais para a importância da
educação e para a educação que a escola está dando a seus filhos. Outros que os
pais possam também discutir e definir sobre esta educação.
Integração
“ escola-família” parte do agente/escola como convite a um tipo de participação.
Convite sobre algo que busca envolvimento das famílias em que?
Territórios
são espaços com regras e poder, simbólicos e materiais.
A
palavra comunidade também pode ter diferentes significados para cada agente
escolar.
Pode
para alguns significar “o conjunto de moradores”, como se fosse um todo
homogêneo. Pode significar para outros, grupos específicos de moradores ( como
3ª idade, mães desempregadas) que se entenda tenha alguma necessidade que a
escola possa suprir e ainda, grupos organizados da e na comunidade ( escolas de
samba, ongs, os., associação de moradores, etc).
Pensar
a escola como um território, é pensar quais são as “ fronteiras” negociadas pela
escola com a comunidade em busca de integração.
Ceder
o espaço para lazer dos moradores, fora
dos seus horários de trabalho, tem sido uma intervenção/estratégia de escolas
visando integração da comunidade.
Comunidades
estas que se encontram em “ territórios” em muitos casos sem um espaço
destinado a este fim.
Lazer/cultura
que pode possibilitar trazer a cena “ artistas locais”, a “ cultura local”, mas
também possibilitar acesso á outras expressões artísticas, outras conexões,
através de exibição de filmes, danças, teatro, etc.
Potencializar
a conexão educação–cultura tem sido objetivo que alguns perseguem quando estão
falando de integração escola- comunidade.
Ceder
o espaço para o lazer da comunidade também pode possibilitar a organização de “
coletivos “ que engendram outras formas de inter relação de moradores, times de
futebol, grupos de dança...
Oferecer
“ serviços” a comunidade também tem sido uma intervenção/estratégia de escolas
visando integração da comunidade.
Comunidades
estas que se encontram em “ territórios”
que em muitos casos não tem quem ofereça estes serviços, mas para que se
saiba isso é importante se saber se realmente não existem e aí o “
mapa/diagnóstico” é necessário, para que não haja uma justaposição de serviços
e mais que isso, para também se conhecer com que grupos organizados a escola
pode contar.
Experiências
com grupos organizados das comunidades, que por exemplo trabalhem questões de
direitos humanos, pode auxiliar a escola e seus agentes escolares em ter mais
entendimento de como os moradores percebem seus direitos, quais são violados e
como isso repercute no cotidiano escolar. Uma troca e parceria que pode se dar
através de convites para palestras, debates, oficinas.
Experiências
com grupos organizados que trabalham danças e esportes com crianças e
adolescentes, também tem se mostrado potencialmente interessantes, pois
possibilitam trabalhar conjuntamente aqueles hoje chamados hiper-ativos, ou os
dislexos, ou os que tem dificuldade de concentração.
Há
uma multiplicidade de possibilidades na integração escola-comunidade também.
Aqui
também cada escola terá sua resposta singular.
Um
objetivo que alguns perseguem nessa questão é de que a escola se insira de fato
na comunidade onde está instalada, a percebendo não como o único agente educacional presente na
comunidade, percebendo educação como um projeto mais amplo, que implica em
cidadania e participação.
Tania Jandira R. Ferreira/dezembro 2013
segunda-feira, novembro 04, 2013
CUIDADOR, CUIDE-SE...
Cuidadores existiram desde o início da humanidade.
São os membros dos clãs que de uma forma ou outra
praticam a “arte do cuidado”.
Podem ser membros da família que tomam para si os
cuidados com a prole, com os doentes, com os idosos.
Podem ser aqueles que fazem da arte do cuidado seu ofício. Pajés, Xamãs, Sacerdotes, crecheiras,
professores, educadores sociais, auxiliares de enfermagem, enfermeiros,
médicos, fisioterapeutas, massagistas, psicólogos, psiquiatras, etc.
Espera-se do profissional que atua
neste campo uma capacidade de escuta e sensibilidade para captar o sofrimento
espiritual e humano implicado na doença física e emocional. Mais do que isso,
espera-se que esse profissional seja um ponto de referência e apoio não só para
o doente, mas também para a sua família.
Isso não é diferente dos cuidadores
familiares. Muitas vezes são a eles atribuídos mais responsabilidades e deveres
do que ele se propôs.
A arte do cuidado é
muito exigente. Pode levar o cuidador ao
estresse, se esse cuidado é uma atitude permanente, seja por obrigações
familiares ou profissionais.
Somos limitados,
sujeitos ao cansaço e a confrontos com inúmeras decepções e frustrações na
vida.
Cuidadores familiares
muitas vezes são manipulados por sentimentos de culpa introjetados, em relação
ao doente. Outras vezes são manipulados por outros familiares diante da
situação de cuidar de alguém.
Profissionais do cuidado enfrentam muitas
vezes precárias condições de trabalho,
jornadas fatigante, baixos salários e múltiplos empregos.
Além disso, há questões subjetivas ligadas ao
envolvimento emocional com o sofrimento dos doentes. Espera-se que ele cuide
com amor.
Como todo humano, o cuidador tem seus problemas, dores,
adoecem e sofrem.
É cada vez mais comum o adoecimento e ou morte de
cuidadores profissionais ou familiares por infarto do miocárdio, hipertensão
arterial, AVC, depressão, ansiedade, suicídio, alcoolismo e outras dependências
químicas, além de acidentes automobilísticos, doenças psicossomáticas entre
outras.
Os cuidadores profissionais tem princípios e
práticas produtoras de saúde e bem-estar social e muitas vezes, encontram-se em
conflito, por ter que produzir um discurso puramente teórico visto que, ele
mesmo e sua família representam a própria insalubridade e falta de condições
dignas de vida e cuidado de si.
Negando
a si mesmo o cuidador adoece.
Isso
pode ser observado quando há um endurecimento afetivo, quando há “coisificação”
da relação, quando o vínculo afetivo é substituído por racionalizações,
resultando na perda do sentimento de que estamos lidando com outro ser humano.
Essa
falta de envolvimento afeta sua habilidade para realização de seu ofício; assim
como a dinâmica psíquica do indivíduo
também vai sofrendo alterações.
Questiona-se
o cuidado, a vontade de cuidar se enfraquece. Muitos tornam-se depressivos,
ansiosos, com um imenso sentimento de solidão.
Para os profissionais de
cuidado até já se denominou este estado – síndrome de Burnout.
Cuidadores ás vezes vão
abrindo mão de si mesmos, de descanso, do lazer, do prazer, do auto cuidado.
Em casa de ferreiro, o espeto é de pau!!!???
Cuidadores precisam além de orientações para prestar o
cuidado, de um olhar especial para suas próprias demandas de ordem física e
emocional.
Devem ter a noção de que têm seus deveres e seus direitos; sendo um
dos principais, o direito de ser feliz e
o direito de cuidar de si.
Não
é possível cuidar de si sem se conhecer. O cuidado de si é certamente o
conhecimento de si. Suas forças, fraquezas, necessidades, desejos.
Cuidadores precisam cultivar os seus
sonhos e manter acesas suas utopias.
Em nossa sociedade a partir de um certo momento, o cuidado de si se
tornou alguma coisa estranha. Foi visto como uma forma negativa de amor a si
mesmo, uma forma de egoísmo ou de interesse individual em contradição com o
interesse que é necessário ter em relação aos outros ou com o necessário
sacrifício de si mesmo.
Não
cuidar de si mesmo e se impor sacrifícios, dificulta e empobrece toda a “ arte
do cuidado”.
Cuidar
de si pressupõe em muitos momentos, necessidade de auxílio externo.
Cuidadores
também precisam se sentir acolhidos e revitalizados, exatamente, como as mães
fazem com seus filhos e filhas. Outras vezes sentem necessidade do cuidado como
suporte, sustentação e proteção, coisa que o pai proporciona a seus filhos e
filhas, como também diz Boff.
E você
cuidador, está se cuidando?
Tania Jandira R. Ferreira/novembro 2013
Tania Jandira R. Ferreira/novembro 2013
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