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segunda-feira, junho 22, 2015

A arte do sentir, é um ato de coragem!



Os sentimentos e emoções ao longo da história da humanidade foram vistos como algo a ser controlado, contido.
“Emoções e sentimentos estão na ordem do “sentir”. O controle está na ordem do “pensar”.
Mas será que existe uma dicotomia nisso? Mente e coração, razão e emoção, racional e irracional?
O que sentimos está dissociado de nossos conceitos sobre algo ou alguém?
Aprendemos a expressar nossos sentimentos ou aprendemos a contê-los, reprimi-los, escamoteá-los?


Se alguém entende  que o  chamarem de negligente ou incapaz é humilhante e ofensivo e há sempre uma pessoa que faz isso, aonde está limite do que se pensa  ou o que sente?
Pessoas que tem uma história de pessoas significativas em suas vidas lhe julgarem desta forma, podem adquirir reações agressivas, diante deste fato e responderem as ofensas e humilhações, com raiva, outros insultando aqueles que julgam estarem lhe ofendendo.
Enquanto não se reconhece o que se sente, também não se reconhece que a resposta agressiva é uma reação a um histórico de vida, uma defesa, e assim não há como controlar ou conter a raiva, toda vez que se sentir ofendido.
Outros ainda que tem uma história de pessoas significativas em suas vidas lhe julgarem desta forma, podem adquirir reações de insegurança e medo. Diante da ofensa, se calam, se tornam angustiados, choram.
Outros ainda, acabam não valorizando suas potencialidades e tornam-se hiper exigentes, consigo mesmo.
Cronificaram a sua resposta.

Pessoas que sentem-se capazes, podem ter diferentes respostas e reação a alguém que lhe considera incapaz ou negligente.
Complica ainda mais, por que cada um de nós tem uma história, cada um tem uma forma de ver o mundo e dar resposta a este mundo. Alguns vão tolerar essas falas sobre si e não dar importância.
Complica ainda mais, por que cada um de nós tem uma história, e se pode estar passando por um período onde a pessoa, mesmo capaz, esteja não se sentindo com confiança em uma determinada situação  que esteja atravessando e com isso, reaja de acordo com seu sentimento sobre si, naquele momento.

Complexifica ainda mais, por que vivemos numa sociedade, que impregna corações e mentes, de que todos podem ter sucesso se forem persistentes, batalhadores e criativos, que tenham meta e foco. Exemplificam essa tese, com casos excepcionais, de pessoas muito bem sucedidas profissionalmente, com fama e muito dinheiro, um relacionamento feliz e sempre companheiro, diversão e lazer sempre e muita alegria estampada no rosto.
Congelamos as emoções, se vive para mostrar que se é feliz, mesmo que o sentimento seja outro.

Aqueles que não conseguem, podem cada vez ter menos auto estima,  como também começarem a sentir inveja e ciúme, do outro que consegue; como outros que conseguem podem começar a olhar os outros, como incapazes e negligentes e a si próprios como vencedores e superiores.
Vivemos numa sociedade capitalista, onde cada vez se exige mais dos trabalhadores. Profissões são extintas, funções são eliminadas em nome do lucro, fazendo com que pessoas exerçam e desempenhem vários papéis em um trabalho, jornadas são intensificadas, trabalhos não remunerados no cotidiano e compromissos particulares continuam sendo necessários e com isso se perde a noção do que o outro realmente sente.

A maior parte das pessoas dissociou seu sentir e pensar. Não consegue expressar seu sentimento, por que afastou-se dele.
Sentir é perigoso para estas.
Ainda mais quando esse sentir é misturado com coisas de ontem, de sua história e de hoje, sua história ainda.

Sentir é um ato de coragem. É poder estar vivendo de fato, mesmo que em alguns momentos isso incomode, machuque.
Sentir é ás vezes confuso, pois se tem um mix de sentimentos e emoções.
Sentir faz com que evitemos algumas pessoas e coisas e nos aproximemos de outras.

Expressar sentimentos também é ato de coragem. Numa sociedade individualista é incomodar.
Mesmo não expressando seu corpo revela, é o peito estufado e arrogante, as nádegas contraídas do medo, os olhos sem viço. Cada sentimento não expresso verbalmente é  expressado no corpo.
Não espere uma crise para revelar a si mesmo que algo em si ou em sua lhe incomoda.
Muitos falam que  a vida é uma peça e que somos atores nela. De atores o mundo está cheio, mas estes vivem ás vezes o mesmo papel, de revoltados, tristes, felizes, polidos e infelizes, invejosos, ciumentos, super bem sucedidos, etc, mas esse é apenas um papel, não é viver de fato.


Não espere uma crise para descongelar  seus sentimentos e poder reescrever sua história. Seja autor de sua vida. É possível reescrevê-la, se for de sua vontade.





Tania Jandira R. Ferreira
Tels: 98123-8174/ 2501-5418


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