Temores
e medos fazem parte do humano. Todos em todas épocas e culturas temeram ou
temem algo.
Situações
novas ou inesperadas podem transmitir sentimentos de insegurança ou serem sentidas
como um “ perigo” .
Diante
de um perigo, mesmo com medo, a pessoa luta e o enfrenta, ou foge... de uma forma concreta ou subjetiva.
Mas
algumas situações de “perigo” causam
um terror que paralisa, deixando a pessoa a mercê da situação. A pessoa é dominada
pelo pânico que passa a tomar conta da consciência.
O medo tem sido cada vez mais estimulado em nossa
sociedade. Ele ocupa diariamente os noticiários, livros, revistas... uma
“cultura do medo” que vai afetando as pessoas, evidenciando dificuldades de indivíduos que não conseguem
responder as transformações sociais e problemas que surgem na sociedade e em
seu cotidiano.
Mas estamos
realmente vivendo em tempos extremamente perigosos?
Há todo o
momento são divulgados fenômenos da natureza, como terremotos, furacões,
vendavais, tsunamis que ocorrem no mundo. Se não bastasse isso há também profecias sendo divulgadas, aonde se vincula
fenômenos que ocorrem com a possibilidade da extinção da humanidade, de uma
área geográfica. Somados a isso, as guerras que acontecem em alguns países, acontecimentos
de violências cotidianas, epidemias e novas doenças são divulgados em manchetes
sensacionalistas. Alarmistas são
personagens desta cultura.
Quando a
Humanidade não teve guerras aonde multidões morreram? Quando não houve pestes e
doenças que dizimaram milhões?
Quem se
beneficia com a propagação dessa “ cultura do medo”? Quem se beneficia com essa
sensação de insegurança permanente nos cidadãos?
Estudiosos vêm demonstrando que é a nossa
percepção do perigo que tem aumentado, e não o nível real de risco.
Há todo um
mercado em relação a essa “ cultura”: drogas/remédios, grades, seguranças,
câmeras, seguros....para controle social e quiçá individual. Há indústrias que
lucram com o medo coletivo, exageram a ocorrência de doenças, manipulam
informações sobre fatos sociais e fenômenos naturais que ocorrem. A propagação
de falsos profetas, a entrada em cena de alarmistas e a veiculação do terror
são um mecanismo de controle social que faz parte da “ cultura do medo”.
O medo tem sido cultuado e com isso se
mascara situações reais como o desemprego, a falta de condições de vida digna
de boa parte da população, o acesso a saúde e a educação que trazem insegurança
ao viver cotidiano.
O medo cultuado se transforma em PARALISIA,
impedindo transformações sociais tão necessárias...
Há
realmente um incremento da violência no cotidiano ou mudamos nossa percepção
dela?
Houve períodos da história da humanidade onde
escravizar alguém e torturar era visto como algo ... natural...apedrejar
impuros, colocar hereges nas fogueiras....extirpar parte do corpo ligado a
sexualidade, dar eletrochoque nos ditos " loucos".....
Até
há bem pouco tempo, homem bater em mulher era visto como ... normal e ninguém
se metia. Surrar filhos, fazer chacota sobre a cor do outro, sobre a orientação
sexual, também.
A cada momento histórico o
ser humano lida com a violência de uma forma e a justifica através de preceitos
morais, religiosos, políticos, científicos.
Hoje entendemos que há várias formas de violência:
psicológica, física, etc.
Acredito que a violência é irmã do preconceito, do desrespeito, da intolerância e uma forma de PODER, para se tentar de alguma forma subjugar o outro, mostrar-se superior, uma demonstração de insegurança também... alguém que precisa subjugar o outro ou anulá-lo de alguma forma... é por que o teme.
Vivemos num tempo histórico onde a COMPETIÇÃO está sendo estimulada como algo natural, no lugar de uma convivência mais fraterna e solidária.
Acredito que a violência é irmã do preconceito, do desrespeito, da intolerância e uma forma de PODER, para se tentar de alguma forma subjugar o outro, mostrar-se superior, uma demonstração de insegurança também... alguém que precisa subjugar o outro ou anulá-lo de alguma forma... é por que o teme.
Vivemos num tempo histórico onde a COMPETIÇÃO está sendo estimulada como algo natural, no lugar de uma convivência mais fraterna e solidária.
Vivemos
num tempo histórico onde a INDIVIDUALIDADE é estimulada, como uma separação do
“ outro” que é diferente de nós, que em muitos momentos é visto como um PERIGO,
no lugar de nos vermos com iguais. Sentimentos
de ódio, rancor, vingança e dor, são consequência da cultura do medo, do individualismo
e da competição.
O
estímulo a cultura do medo, produz a desconfiança em relação “ ao outro”,
separando e isolando as pessoas, numa busca desesperada por maior segurança,
pessoal, física, de ser melhor, ganhar mais, ter mais...e manter tudo imutável.
Temos medo de morrer, medo de adoecer, medo de ficarmos velhos, medo de não
sermos amados, medo de promover mudanças na vida.
Pelo medo do desconhecido,
se prefere o que se tem, mesmo sendo infeliz. Pelo medo de desafios e do novo,
se fica do mesmo jeito, mesmo sendo infeliz.
Pelo medo de se perder o
que se tem e começar tudo outra vez, se fica no mesmo lugar, mesmo infeliz.
A imobilidade gerada pelo
medo é a responsável pelas crises que se observa em todas as áreas e em todo o
mundo.
O medo torna as pessoas obedientes também, incapazes de atuar diante de relações desiguais. O medo priva as pessoas de desenvolverem suas potencialidades e de viverem em liberdade. Desconhecemos como fazer uso da liberdade. Acabar com a cultura do medo é dar a todos os seres humanos a mesma condição de igualdade ou de liberdade, onde uma pessoa não é mais importante do que a outra.
O medo torna as pessoas obedientes também, incapazes de atuar diante de relações desiguais. O medo priva as pessoas de desenvolverem suas potencialidades e de viverem em liberdade. Desconhecemos como fazer uso da liberdade. Acabar com a cultura do medo é dar a todos os seres humanos a mesma condição de igualdade ou de liberdade, onde uma pessoa não é mais importante do que a outra.
Precisamos de uma nova
forma de viver, que tenha como princípio o RESPEITO, respeito a tudo o que é vivo e
responsabilidade cotidiana em cada ato. Fazer de cada ato, uma mensagem de
Amor.
Tania Jandira R. Ferreira/julho 2012
Tania Jandira R. Ferreira/julho 2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário